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"Did you exchange a walk on part in the war,
for a lead role in a cage?"
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"Quantas noites? Ah me desculpe, me esqueci... Não lembro mas das linhas, da periferia que cercava. Por favor, não me pergunte sobre datas e recordações. Não sei meu nome, e nem meu endereço. Se você quiser falar sobre passado, procure outra pessoa."
Aquele era um bilhete, que eu tinha lhe escrito. Estava jogado entre o sofá, com algumas marcas de sofrimento. Peguei minha xícara de café, criei coragem e reli e só conseguia pensar: "fria, calculista.... tudo isto é o que você é". Naquele momento eu não me reconhecia.
Eu levantei e resolvi viver. Olhei para os lados, procurava mais apoio além do café. Lembrei que tinha deixado meu gato partir, meus amigos lotaram minha caixa de mensagens, e depois de alguns dias desistiram. Eu só tinha você. Nem você tenho mais... Só um pouco de café, aquele café que faz pensar e manter acordado você e seu sofrimento. Passei a mão no meu casaco, abri a porta e sai correndo. Na rua, estava frio, tão frio quanto minha casa, que costumava ser quente com você ao meu lado.
Como qualquer outro viciado, sentei num café ali por perto. Comecei a ler revistas futeis, e viajei.... Paris, Roma, Londres.... E me lembrei as quantas vezes que você queria sair da rotina, e eu sempre negava. Olhei em volta, e vi um casal de idoso tomando um chá e sorrindo. Aquele sentimento foi entrando pela cabeça, desceu minha garganta, tentei gritar mas não consegui.. Foi até o coração que já não estava mais ali.
Nisto me dei conta, do futuro que eu perdi... E daqueles dias do passado também. Resolvi voltar para casa e recomeçar.
