sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Você, e eu.

 


Te chamo. Te espero. Te aguardo. Te gosto. Te sinto. Te alegro. Me chama. Me espera. Me aguarda. Me gosta. Me sente. Você, você, você. Eu, eu eu. 

Tudo o que move é sagrado, e remove as montanhas  com todo o cuidado, meu amor.
Enquanto a chama arder,  todo dia te ver passar,  tudo viver ao teu lado...
Com o arco da promessa do azul pintado pra durar.
Abelha fazendo mel, vale o tempo que não voou, a estrela caiu do céu, o pedido que se pensou...
O destino que se cumpriu  de sentir seu calor e ser todo.
Todo dia é de viver... Para ser o que for e ser tudo...
Sim, todo amor é sagrado, é o fruto do trabalho, é mais que sagrado, meu amor.
A massa que faz o pão, vale a luz do teu suor, lembra que o sono é sagrado e se alimenta de horizontes. O tempo acordado de viver...
No inverno te proteger, no verão sair pra pescar, no outono te conhecer, primavera poder gostar.
No estio me derreter, pra na chuva dançar e andar junto... O destino que se cumpriu de sentir teu calor e ser tudo.
Abelha fazendo o mel, vale o tempo que não voou, a estrela caiu do céu... O pedido que se pensou, no destino que se cumpriu...
De sentir teu calor e ser todo, todo dia é de viver, para ser o que for e ser tudo, para ser o que for...  Pra viver... (Maria Gadú - Amor de Indio)

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Jean Seberg como Patricia Franchini em À bout de souffle, de Godard

“Não sei se sou infeliz porque não sou livre, ou se não sou livre porque sou infeliz” (...) “Ai, ai, ai, que eu gosto de uma garota que tem uma linda nuca, lindos seios, linda voz, lindos pulsos, cara linda, lindos joelhos, mas que é liiiiivre! Dane-se o campo, eu não quero mais te ver... Dane-se o campo, sua nojenta!” (...) “Se você não ama o campo, se não ama o mar, se não ama a montanha, se não ama a cidade... então, vá se danar!”

“Tu es une dégueulasse” - À bout de souffle

sábado, 24 de dezembro de 2011

Fugir, evitar e comentar

Fujo, mas acho falta.
Evito, mas tomo nota.
Comentam, mas que me importa?

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

"Acredito que errado é aquele que fala correto e não vive o que diz."

Acordei. Era um dia comum, fazia muito calor, o Sol brilhava e eu estava ali sentada na cama quente e bangunçada, pensando em você. Você sabia que eu durmo pensando em você? E a primeira coisa que vem na minha mente quando eu acordo, é você? A primeira e última pessoa que eu falo no dia é você. Me escuta, por favor...
Logo um pensamento invadiu minha cabeça: Cansei! Não sou isso, me desculpem!
Que me julguem, que me deixem. Vou ser eu mesma. E assim foi feito, fui ser eu. Se eu estou sofrendo? Claro! Toda escolha alguma perda está embutida. Perdi sim, mas ganhei. O que ganhei? Aquelas coisas todas perdidas, sentimentos, pessoas, momentos...
Por alguma razão isso tudo ainda me incomoda, mas menos que antes.
Sabe o que dizem por ai? Que nem Jesus agradou a todos... Como posso agradar? Não posso, esta é a resposta, e desculpem todos........... Não, te juro que não vou começar a falar de religião. Já te falaram que atrofia o cerébro? Tá não vou fugir do assunto... Onde eu parei? Ah sim!
Na verdade não quero que ninguém me desculpe, não fiz nada, como posso me redimir por ser eu mesma? Não venha me dizer que eu estou me defendendo, não! Por favor... Só quero desabafar, estou engasgada. Será que ser feliz custa tanto assim? Vamos falar de nós

E Chico Buarque tocava no rádio, enquanto falavamos de nós... "Quero ser a cicatriz risonha e corrosiva. Marcada a frio, ferro e fogo em carne viva..."

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Fácil

Bati na sua porta, mas você não me atendeu
Te gritei na rua, mas você não me ouviu
Pensei em você o dia inteiro, mas você não pensou em mim
Desejei você para todo o sempre, e você não me deseja
Me apaixonei por você, e você é apaixonado por mim.

E me diga, porque as coisas não são faceis?


"Certes tu passe comme de l'air, dans un monde sans musique
Dépourvu de tes nuances, un peu trop spécifiques.."

domingo, 9 de outubro de 2011

Ausente

Eu te desejo todo dia, todo minuto, todo segundo. Desejo te encontrar, te ver e te tocar. Quando te vejo, esqueço o tempo que você não estava ao meu lado, o tempo que sofri sem você. Te peço mentalmente para você ficar mais, me olhar mais.
ADEUS.
Não, por favor. Agora me sinto mal, como se eu não tivesse te visto. Como se você fosse algo ruim para mim. Tua ausencia machuca. Quero você aqui.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Pedi três sonhos, dei três pulos n'água

Tinha um papel que dizia que se eu executasse uma oração 3 vezes, eu teria você. Fui lá, e rezei. Dizeram para mim que eu ficar longe de você, iria fazer você me querer por perto. Fui lá, e me afastei. Minha pouca experiência me lembrava todo tempo, que se eu fosse verdadeira e sincera, eu iria conseguir tudo que eu queria, ou seja, você. Fui lá, e fiz.
Por que nada faz sentido com você? Por que estas receitas não funcionam? Por favor me diga.. E me diga também como eu posso ter você.
O que há de errado com nós? Comigo? Com você?
"Fiquei buscando através da madrugada
E apelei até pra simpatia
Que prometia o meu amor em três dias"

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Noção da hora

Eu te esperando. Um eterno espaço de tempo, que se estende até o infnito.
Eu contigo. Um espaço de tempo, rápido. Onde eu não consigo te dizer nada, e ao mesmo tempo é um tempo completo, onde eu aproveito cada minuto, segundo e milésimo de segundo. Meus olhares mostram o quanto eu queria pausar em um sorriso seu, e ficar olhando por horas... dias...
"Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios"
O tempo que eu passo sonhando com você é lento dentro de mim, e por fora passa, passa, e passa... Não me importo em perder momentos do lado de fora, quando eu estou viajando no meu mundo quimérico, onde você habita livremente, sem se preocupar com horas, que passam, mas só do lado de fora.

Ah, se já perdemos a noção da hora, se juntos já jogamos tudo fora. Me conta agora como hei de partir... Como, se na desordem do armário embutido. Meu paletó enlaça o teu vestido, e o meu sapato inda pisa no teu... Te dei meus olhos pra tomares conta, agora conta como hei de partir. Chico Buarque.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Bilhete para você

Queria encontrar palavras e meios para te demostrar as noites que eu passo pensando em você. Noites? Não só noites. Dias... Horas... Minutos e segundos. Vivo me perguntando se em algum momento do seu dia, você parou e pensou em mim, no meu nome ou no quanto eu dou risada durante o dia. Só lhe peço para não mentir, dizer que precisa de mim, e o quanto nosso futuro vai ser bom. Não vejo futuro, alias, futuro não existe.
Obrigada pelos momentos que você me fez sorrir. E os momentos que me fez chorar? Não quero que você se desculpe. A culpa foi toda minha, que me permiti afetar com sua ausencia. Queria que você mandasse noticas... Me falasse se você está bem, se está comendo, dormindo, e sendo feliz (longe de mim). Você é capaz disto?
Você fala, diz, faz, conta, promente, mostra. E ai? Ainda estou aqui, sentada, pensando em você, e você está pensando mim?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A Vidente - Parte I

Parte I - Um pouco sobre cafeína, e colher

O despertador de Cecilia tocou, era uma manhã aparentemente comum. Ela abriu os olhos, viu o teto e começou a entrar nos seus próprios devaneios... Em dias comuns ela sempre notava que a sua cama estava sempre cheia de sonhos, esperança, e principalmente conforto, só que desta vez ela olhou para o lado, e nada viu. Não era uma manhã comum.
Foi uma xicara de café, outra e mais outra, e Cecilia perdeu a conta do quanto de cafeína ela tinha consumido e foi nisto que ela soltou um grito pra si mesma:
- EU ME RENDO! Lilian tinha razão. Preciso ir a uma vidente. Vidente? Hã?
CÉTICA, esta é a palavra que a definia, bem cética. Alias, cética demais, custava acreditar em si mesma. Como acreditar nos outros? Em uma estranha? Em uma estranha que diz ler uma bola transparente de cristal? LOUCURA, esta é a palavra que definia bem o estado mental em que ela tinha estacionado naquela amanhã. O mundo estava organizado, e calmo, diria até normal, fora de cabeça de Ceci. Lá dentro poderia ouvir bilhões de vozes. A voz dele, a razão de Ceci se estacionar na loucura.
Fazia alguns dias que a figura pálida e engraçada de Humberto não invadia sua cabeça, eram tantos problemas, pra pouco tempo que Humberto foi deixado de lado. Estes alguns dias fizeram muito bem pra ela, era como se tivesse um alma nova, uma cor nova, uma face nova, um coração novo acima de tudo. Um filme passou a sua cabeça em um segundo, e logo ela voltou ao café, pegou uma colher e viu sua imagem refletida: ela estava com pena de si mesma, e foi pegar a lista telefônica na esperança de encontrar uma tal de “Rita traz seu pessoa amada de volta em uma semana.”
Drogarias, escolas, hotéis... Serviços místicos, até a lista telefônica era cética, ela não conseguia encontrar o tão desejado número. Depois de alguns minutos de procura Ceci ligou pra Lilian, sua amiga “acredito em tudo que me convém”, obviamente ela teria o telefone de Rita, alias, era Rita o nome da vidente?
- Não precisa rir, eu só vou lá porque estou curiosa, você sabe que eu não acredito nesta basbaquice de sorte, ler futuro. Mal estou acreditando no futuro! De qualquer forma obrigada amiga.
As palavras ditas para Lilian não foram muito convencedoras, assim como o nome da vidente: Glaucia do Tarot.