quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A arte de se virar e consumir cigarros

Estes dias eu tive uma recaída, acendi um cigarro, e o meu grande escorregão não foi o cigarro mas sim os pensamentos que cruzaram a minha mente durante aquele cigarro.
Maldito.
Ele conseguiu acabar com meu pulmão e meu coração.
Fumava e eu sentia toda a nicotina e aquelas porcarias todas entrando nos meus pulmões e eu morria aos poucos... Fiquei pensando o quanto eu desejava (e ainda desejo) que você atravessasse aquela porta, e me surpreendesse. Por mais que eu desejasse aquilo, ainda seria uma surpresa te ver depois de todo aquele tempo...
Ai pensei nas infinitas vezes que sai fumando por aí nas ruas e no caminho de volta eu pensava que você podia estar na porta da minha casa me esperando, ou na mesa da cozinha conversando com a minha mãe.
O cigarro acabava, e você nunca chegava.
A vida foi injusta de trazendo uma vez e te tirando de mim. assim como ela é também quando te dá dois pulmões e um cigarro e "agora se vire".

Estou me virando, sem você aqui. Com você no pensamento e um cigarro na mão.