quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Passagens cronológicas, sem cronologia alguma

 Já adianto que não acreditava em possíveis viradas na vida simultaneamente com as viradas cronológicas. Ano novo, vida nova? Não. Muito menos um mês novo com coisas novas, no máximo contas para pagar. Aquele outubro foi diferente e me lembro bem, aquele sim me trouxe coisas novas.
 Importante dizer que sempre fui instável e somada com a instabilidade que foi enviada para mim naquele outubro, tudo mudou. Digo para vocês: tomem cuidado, o bem vem disfarçado de mal e o mal vem vestido de bem. E assim foi, o outubro marcante.  Uma enxurrada de incertezas, certezas, esperanças e principalmente raiva. Instabilidade.
 Você quer saber se eu voltaria no tempo, se pudesse? E se eu te falar do que janeiro me trouxe? Ficaria confuso?
 E para dar o tiro final na minha teoria sobre mudanças da vida veio janeiro. O mês que abre o ano e renova as certezas. Para mim? Certezas até demais, tanta certeza que cai de cinquenta andares de um prédio sem paraquedas. Tudo que chegou endereçado na minha casa, veio sem remetente. Cheguei a pensar que o destinatário talvez tenha sido sorteado e nessas horas as forças da sorte se lembraram de mim.
 Sorte? Azar?
Ao mesmo tempo que tudo que os meses me trouxeram com rapidez, tudo foi tirado. De uma hora para outra, assim passei a acreditar em possibilidades. Eu, tão cheia de certezas, agora acreditava em ditados populares. Hoje acredito em destino, acredito em mudanças e acredito mais ainda na minha instabilidade. Não acredito no carteiro e muito menos nas cartas. O calendário fixado na minha geladeira, não significa nada...
 E as contas para pagar?
 Bom... O carteiro não trouxe.

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