quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Quer comer o que hoje?

Me questionaram o que é ter vontades.
Te perguntei e você disse: Quer comer o que hoje?
Eu não tinha vontade.
De comer e de passar um tempo lá, com você.

Mesmo assim não sabia o que era ter vontade.
A única coisa que eu sabia, era pequena, mas era importante...
Ter vontade não se ressumida ao que eu iria comer no jantar,
E sim com quem e da forma que eu iria estar.

Depois de um tempo me disseram que ter vontade é escolher.
Nunca fui boa de escolhas...
Nem com roupas e nem com pessoas.
Foi ai que eu entendi e tive minha primeira vontade explicita.

Logo corri para dar a noticia a todos e inclusive a você
E mais uma vez você disse: O que quer comer hoje?
E eu não sabia o que queria,
Mas eu tinha certeza da minha (necessidade) vontade de mudar.

Mudar, de endereço, de vontades e de vida.
Subverter minha própria existência.
Ser. Mudar.
Viver.

3 comentários:

  1. Oi, Sofia, boa noite!!
    Fico olhando para esse poema que é uma crônica... E, junto com ele, por causa dele, eu me faço perguntas. Serão as vontades aqueles sentimentos triviais do dia a dia? São, certamente. Para alguns, vontade é só isso. A primeira quadra de seu poema que é uma crônica informa isso.
    Mas, serão as vontades também o exercício da escolha? Sim, certamente. As vontades pressupõem escolhas e consequências, e se transformam em expectativas. Alguns vão além do trivial e chegam a isso. A segunda quadra do seu poema informa isso.
    Mas, ainda, poderão as vontades ser mais que expectativas? Ah, sim! Certamente sim! As vontades poderão ter aprofundado na alma, crescido e amadurecido no espírito, se alimentado de vida, e se transformado em propósitos! Poucos conhecem a vontade como isso: propósitos. Não desejos soltos no ar, passageiros, desimportantes, nãos apenas expectativas, ainda que válidas; sim, fome não de comida e sede não de bebida – mas de ser! de mudar! de viver! Propósitos! Razões de existir! A vida tem razões maravilhosas para ser, e não há vontade maior que esta.
    Seu poema que é uma crônica é, sim, a maravilhosa crônica da razão da vida... – em forma de poema!
    Um beijo carinhoso
    Doces sonhos
    Lello

    ResponderExcluir
  2. A vontade se manifesta quando menos esperamos. Talvez seja como o amor:? quando chega, sabemos exatamente que é ela. Simplesmente acontece.
    Abraços.

    ResponderExcluir
  3. São mudas as neblinas nesta ilha
    É de pobreza o pão que alimenta o meu sentir
    Oiço o mar com os meus próprios dedos
    Parti do desencontro dos meus derradeiros medos

    Parti e deixei no cais mil dúvidas
    Lembrei tempos que corri feliz pelas amoras
    Nesses dias bebi sofregamente a vida
    Nesses dias a minha alegria era incontida

    Uma radiosa semana


    Doce beijo

    ResponderExcluir